quarta-feira, 8 de abril de 2015

Eu e Deus

  Somos fadados a erros, então constantemente pecamos e deixamos a emoção falar mais alto, esquecemos de lado aquele que nunca esquece da gente, muitas das vezes não esquecemos dele, só fingimos que ele não existi ou que não esta enxergando os nossos erros, sem pedir ou ao menos perguntar, deixamos o amor dele de lado e erramos, fazemos o mundo nos abraçar com os seus encantos e desejos, nos deixamos levar, levar pela malícia da carne e quando vemos já foi, mais uma vez pecamos e erramos contra Deus, o que resta agora é se arrepender e implorar o perdão daquele que nunca deixou de nos perdoar, mais lançamos a pedra ao ar, consequentemente ela cai em nossa cabeça, sentindo uma enorme dor fazendo uma ferida que muita das vezes permanece por toda a nossa vida.
  Deixamos de amar para odiar, deixamos de orar para xingar e deixamos o bem pelo mal, quando estamos percorrendo o caminho perverso e nos damos conta a gravidade, ai tentamos uma nova história, uma história no caminho do bem, mais estamos tão atolados em meio a tristeza e a solidão, sentindo um vazio e culpando a Deus o seu silêncio, mais esquecendo que desejamos o caminho perverso e percorremos por ele, mais como nos culpar se logo na entrada do caminho perverso havia frutas sedutoras com um aroma irresistível e um sabor hipnotizante nos levando ao mais louco delírio, mais forte que uma droga, mais intenso que uma noite de prazer, sendo que do lado do bem só existia o caminho, sem atrativos ou algo assim, mais como, coomo ter forças?, sendo que a muito tempo me esvairão as forças, como lutar o bom combate e usar a razão ao invés da emoção, sendo que estou em um lago de solidão que nem eu sei como cheguei aqui.
  Se me perguntarem, quem é Deus?, eu responderei?, como responder?, como falar de Deus de uma forma expressiva e harmoniosa se o que eu vejo é um Deus distante, então posso contaminar seu coração com a minha angustia e solidão, como posso falar do ar ou de Deus se eu só o sinto, ou tento sentir igual em um dia sem brisa, como explicar o inexplicável, e tentar mostrar que a folha que balança na arvore por causa do ar ao ponto dos nossos olhos verem é a folha que balança dentro de mim ao ponto do meu espirito ver e saber que lá estava Deus, mais minha alma nega acreditar.
  As vezes no silencio eu busco ouvir Deus, escuto grilos, cachorros, o cantar da coruja e ao fundo o chorar do urutau, ai volto ao meu passado, me lembro ainda criança, eu juntava as mãozinha e orava sem saber e sem questionar quem era Deus, nem me importava em saber se ele me ouvia, só queria terminar a minha oração o mais rápido pra mim saborear meu doce e ir dormir, será que hoje o que me falta é inocência ou sera que tenho inocência demais e poderia ter a inteligencia e maturidade daquela época que eu não precisava saber se ele existia, pois sabia que dentro de mim ele vivia, com a segurança que um filho tem no pai e me reconfortar nos seus braços.
  Quando perguntarem de mim, não responda na onde estou, responda quem eu fui, fale que eu tentei agradar a Deus mais errei agradando ao homem, fale que eu pequei e cai, mais levantei pela misericordia de Deus e fale também que hoje eu não existo mais, pois deixei de existir pra Deus existir em mim, fale que eu declaro o amor dele aos quatro quantos do mundo, fale também que eu não sei de tudo da Bíblia, mais fale que sei tudo sobre a solidão e o ganancia do homem, fale tambem que sei da mão de Deus me resgatando, e se duvidarem que eu existo, lembre aquele que me fez escrever também duvidam dele, mais não deixe a história se acabar, não deixe a solidão ganhar, nao deixe a ganancia tomar conta, mesmo que não creiam, a minha historia viverá, quem sabe de mais uma lama alguém sairá para ser como agora eu sou, Eu e Deus.

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